sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O inimigo não mora ao lado


Quem sofre de hipertensão precisa estar atento, mesmo que não sinta absolutamente nada, e
mudar o estilo de vida é tão importante quanto tomar medicamentos, que hoje estão disponíveis na
rede pública gratuitamente.
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, vem crescendo em número de casos,
sendo o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV),
com destaque para o acidente vascular encefálico (derrame) e para o infarto agudo do miocárdio, que
são as duas maiores causas isoladas de mortes no país. Estima-se que, atualmente, um em cada três
brasileiros adultos tenha a doença, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e 24 anos, e
mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais. Nem mesmo as crianças escapam e
aproximadamente 5% deveriam estar sendo diagnosticadas e tratadas.
Não é à toa que no dia 7 de abril, quando se comemorou o Dia Mundial da Saúde, a pressão alta
foi escolhida como tema pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de promover um
debate público sobre esta questão importante no Brasil e no mundo, conscientizando a população.
Também, todo dia 26 de abril comemora-se o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. Esta
iniciativa foi instituída pela Lei nº 10.439, de 30 de abril de 2002, com o objetivo de chamar a atenção
da sociedade sobre a prevenção e controle desta doença traiçoeira.
A hipertensão tem por característica ser uma doença silenciosa, um inimigo que não mora ao lado,
mas sim dentro do indivíduo, isso porque raramente dá sintomas e quando isso ocorre, muitas vezes é
tarde demais para os chamados órgãos alvo: coração, cérebro, rins, vasos arteriais e retina, que são os
que sofrem as consequências diretas do aumento duradouro da pressão. Considera-se pressão ótima
os valores de 120/80 mmHg (12 por 8) e chamamos de hipertensos aquelas pessoas em que os níveis
da pressão estão acima de 140/90 mmHg (14 por 9). Estes números, aplicados na prática, representam
a força na parede das artérias gerada pelo bombeamento do sangue, que é feito pelo coração. O
número maior (12) indica a pressão provocada quando o coração se contrai (sístole) para distribuir o
sangue e o menor (8), quando ele relaxa (diástole).
A genética tem alto peso sobre o aparecimento da hipertensão. Assim, se seu pai e sua mãe têm,
sua chance é grande (por volta de 50%). Se apenas um deles tem, a chance diminui para 30%. Mas,
nem só os pais são responsáveis pela doença. Maus hábitos alimentares, consumo abusivo de
alimentos industrializados, sedentarismo, presença de sobrepeso e obesidade, consumo de bebidas alcoólicas em excesso, uso frequente de descongestionantes nasais, anti-inflamatórios e
anticoncepcionais, além de abuso do sal intensificam sobremaneira os riscos. Pessoas com problemas
nos rins, na tiroide, diabetes, entre outras, têm mais tendência a desenvolver o problema. E lembre-se,
a doença é crônica, quase sempre não tem cura, mas tem controle e só complica em quem não se
trata corretamente. Seu médico saberá individualizar a meta de pressão a ser atingida em seu caso.
Cobre dele e de você mesmo!
Quem sofre deste mal precisa estar atento, mesmo que não sinta absolutamente nada, e mudar o
estilo de vida é tão importante quanto tomar medicamentos, que hoje estão disponíveis na rede pública
gratuitamente.
Alguns conselhos fazem parte das 10 dicas da Sociedade Brasileira de Hipertensão -SBH, da
Campanha Menos Pressão:
1. Caminhe no parque! E não será por falta deles que os sorocabanos irão deixar de caminhar.
Utilize as inúmeras ciclovias de nossa cidade. Qualquer atividade física regular está valendo!
2. Dê risadas. Afinal, já dizia Vinicius de Moraes: "É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a
melhor coisa que existe, é assim como luz no coração", rins, cérebro, vasos e retina...
3. Dá para se livrar daquelas gordurinhas que você já adiou algumas vezes. Não é fácil, mas é
possível.
4. Deixe o estresse de lado e ame mais!
5. Aqueles seus planos de largar o cigarro, como estão? Não deixe para amanhã o que pode fazer
agora.
6. Durma bem e alongue-se antes de sair da cama. Roncos podem ser sinais de alerta,
principalmente em obesos.
7. Troque a sobremesa por uma fruta. Alimente-se de forma saudável. Se for para comer
chocolate, que seja pouco e com alto teor de cacau.
8. Optar por comidas leves e frescas melhora sua disposição.
9. Diminua o sal. Incha e retém líquidos! Não ensine ao seu filho colocar o saleiro à mesa. Deixe-o
sentir o sabor dos alimentos.
10. Deixe a cervejinha só para os finais de semana e beba sempre com moderação. Prefira uma
taça de vinho tinto, mas só uma por dia. Você irá se acostumar e seu sistema cardiorrenal agradecerá!
Finalmente, não deixe a pressão alta te enganar. Conhecer é o primeiro passo para combater este
inimigo controlável. Visite seu médico regularmente e faça os exames de rotina. Cuide-se, afinal não dá
para perder o jogo com armas tão simples e poderosas à nossa disposição.
Profa. Dra. Cibele Isaac Saad Rodrigues - Titular de Nefrologia - da Faculdade de Ciências Médicas
e da Saúde (FCMS) da PUC-SP. Diretora do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de
Nefrologia e Membro do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Hipertensão

Sintomas
Na maioria dos indivíduos a hipertensão arterial não causa sintomas, apesar da coincidência do surgimento de determinados sintomas que muitos, de maneira equivocada, consideram associados à doença, como por exemplo, dores de cabeça, sangramento pelo nariz, tontura, rubor facial e cansaço.

Quando um indivíduo apresenta uma hipertensão arterial grave ou prolongada e não tratada, apresenta dores de cabeça, vômito, dispnéia ou falta de ar, agitação e visão borrada decorrência de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Nova droga para tratamento do diabetes tipo 2 é aprovada pela ANVISA



Os Laboratórios Farmacêuticos, Bristol-Myers Squibb e a AstraZeneca anunciaram recentemente a aprovação pela ANVISA do medicamento FORXIGA (dapagliflozina) para o tratamento de diabetes tipo 2. Este é o primeiro produto lançado no Brasil, de uma nova classe, que funciona de forma diferente das drogas disponíveis para o tratamento do diabetes tipo 2 até o momento. A Dapaglifozina promove a eliminação de glicose pelos rins, mecanismo de ação diferente dos medicamentos atuais que se baseiam em estimular a secreção de insulina ou melhorar sua ação.
Sabe-se hoje que vários mecanismos são responsáveis pela ocorrencia do diabetes tipo 2, sendo um deles o aumento da reabsorção de glicose pelo rim, poupando glicose para o organismo, contribuindo para elevar o seu nível no sangue. A aprovação do FORXIGA representa um avanço no tratamento do diabetes tipo 2, por permitir uma nova abordagem. Ao inibir a reabsorção de glicose pelo rim esta glicose é eliminada com a urina ocorrendo uma redução de seus níveis no sangue.
A expectativa é que o medicamento esteja disponível no mercado brasileiro em breve, após a aprovação do preço pelos órgãos competentes.

A Bristo-Myers Squibb e a AstraZenea tem acordo de cooperação em escala Global, o que tem permitido às empresas, pesquisar, desenvolver e comercializar medicamentos inovadores para o tratamento do diabetes.