domingo, 26 de agosto de 2012


Jovem faz campanha no YouTube para conseguir transplante de pulmão

A jovem Holly Pereira, de 19 anos, está causando comoção no You Tube. A menina gravou um vídeo onde espera conscientizar as pessoas sobre a quantidade de pacientes que sofrem em filas de espera por transplantes de órgãos em todo o mundo. A jovem, que tem uma doença que limita o funcionamento de seus pulmões a apenas 20% da capacidade de uma pessoa normal, tem apenas dois anos de vida antes de começar a correr riscos de falecimento.
Holly não quer ajuda só para si, mas sim para todos na sua situação (Foto: Reprodução) 


Holly, que está na lista de espera desde abril por conta de seu tamanho e tipo sanguíneo, vive na Inglaterra e chamou a atenção da famosa rede de televisão britânica BBC. Foi graças à divulgação do canal que a sua história passou a ser conhecida - não só no Reino Unido mas em todo o mundo. Até agora, o vídeo tem apenas pouco mais de três mil visualizações, mas sua mensagem está começando a ser espalhada em todo o mundo.
“Ter pouco funcionamento no pulmão faz qualquer tarefa para mim, como tomar banho, caminhar ou andar em escadas muito mais difícil. Fico sem ar muito fácil. Isso significa que tive que deixar meu curso na universidade e ficar em casa, somente me focando em me manter da melhor forma possível. Ganhar um par de novos pulmões faria minha vida muito melhor. Só posso imaginar como deve ser bom podem respirar com tranquilidade”, diz a menina em seu depoimento emocionado, que tem pouco mais de três minutos.
Além do seu próprio caso, a jovem espera atrair atenção para as situações de diversas outras pessoas que passam por esta mesma situação. Um dado que assusta e que é destacado por ela, por exemplo, é o de que, em média, a cada dia morrem três pessoas enquanto esperam transplante de órgãos. Holly só espera que ela não seja mais uma a endossar esta lista.


Confira o vídeo

sábado, 25 de agosto de 2012

O Cuidado Nutricional e a Alimentação na Insuficiência Renal


O QUE É?

Insuficiência Renal é caracterizada como uma alteração na função dos rins capaz de fazer com que estes órgãos percam em algum grau a capacidade de excretar as substâncias tóxicas do nosso organismo. Quando não excretadas adequadamente, estas substâncias se acumulam fazendo mal ao organismo. Há ainda retenção de líquido o que gera edema (inchaço).

Na Insuficiência Renal Aguda ocorre uma rápida diminuição da função renal, situação esta que pode durar por algumas horas ou evoluir para uma perda progressiva do funcionamento do órgão.

Já com relação à Insuficiência Renal Crônica ocorre uma perda gradual da função, ou seja, ao longo de anos. Esta perda pode gerar consequências sérias a todo o organismo e por isto o tratamento deve começar tão logo ocorra o diagnóstico.

O tratamento da insuficiência renal envolve a participação do médico e de toda uma equipe de saúde, incluindo o nutricionista, já que a alimentação adequada contribui de diversas formas.



COMO DEVE SER O CUIDADO NUTRICIONAL?

O cuidado nutricional deve ser feito por de uma alimentação equilibrada, individualizada. De forma geral, opta-se por uma dieta rica em carboidrato, controlada em proteína e de baixo teor de sal.
O ideal é procurar um nutricionista para o acompanhamento, já que na insuficiência renal o peso do paciente, idade, grau do comprometimento dos rins e equilíbrio bioquímico são fatores que fazem toda a diferença no planejamento do cardápio.


DICAS GERAIS.
Evite alimentos ricos em sódio como embutidos em geral (salsicha, salames, mortadelas) ou carnes processadas, pois sódio em excesso é mais difícil de ser eliminado pelo organismo na Insuficiência Renal;
Substitua o sal por suco de limão, vinagre ou ervas para realçar o tempero dos alimentos, e para temperos de salada use molhos feitos em casa como os à base de azeite de oliva;
Converse com seu médico sobre o limite de água. Caso você precise limitar o consumo, evite excessos de alimentos como, por exemplo: leite, chá, café, sopas;
Informe-se sobre como deve ser a ingestão de alimentos ricos em potássio como banana, mamão, tomate, abóbora, acelga, carne, batata, feijão. Na Insuficiência renal, em muitos casos, o excesso de potássio não pode ser eliminado e pode levar a complicações sérias na atividade muscular, como fraqueza ou cãibras e principalmente para o coração (parada cardíaca);
Consuma de forma moderada os alimentos ricos em cálcio e fósforo como derivados do leite, carnes, ovos, legumes e a casca dos cereais. Na insuficiência renal, pode acontecer de o fósforo não pode ser eliminado na urina, ficando então acumulado no organismo;
Você precisa de proteínas. Porém, a quantidade que cada paciente tolera é variável. Ao consumir dê preferência a ovos, peixes, soja, pois a sobrecarga glomerular é menor que das outras carnes;
Evitar o consumo de chá preto, chá mate e refrigerantes a base de cola.

Lembre-se: uma alimentação saudável e personalizada é fundamental para a qualidade de vida do portador da insuficiência renal.


 Mariana Braga Neves(Nutricionista da Nutrício)
Emanuelle Vieira(Nutricionista em Ouro Branco.MG)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Terapias Renais Substitutivas


Ainda que os rins saudáveis tenham várias funções no organismo, sua atividade mais reconhecida é a de produzir urina. Quando a função renal cai abaixo de 10 a 15%, eles não estão mais aptos a filtrar o sangue e gerar urina. Isto provoca o acúmulo de toxinas e líquidos no corpo. Felizmente, vivemos hoje com a disponibilidade de tratamentos e medicamentos que podem substituir razoavelmente as funções renais e manter vivo nosso organismo.
Terapias renais substitutivas (TRS) são tratamentos necessários para a falência renal severa, também chamada Doença Renal Crônica (DRC) estágio 5 ou Insuficiência Renal Crônica (IRC). Assim, quando os rins não fazem mais seu trabalho adequadamente, estas terapias executam atividades necessárias à vida como a remoção de líquidos, de eletrólitos (potássio, sódio, fósforo, etc) e de resíduos do organismo (toxinas metabólicas, como uréia).
Como temos opções diferentes de TRS à disposição de quem necessita delas, a informação abrangente e de fácil compreensão é o primeiro passo para que pacientes e familiares possam escolher de forma madura o que mais esteja de acordo com suas necessidades, possibilidades, estilo de vida e pretensões para o futuro. O médico nefrologista e o enfermeiro especialista podem ajudar a entender estes assuntos e a fazer uma escolha mais adequada.
Bem cedo no curso da DRC, medicações e dietas são usadas para ajudar a preservar a função renal e para retardar a necessidade de terapia renal substitutiva. Estes tratamentos iniciais são dirigidos à doença causadora da perturbação renal, a fatores secundários que causam progressão da doença (como a hipertensão) e às complicações que a doença renal possa determinar (como anemia, alterações ósseas, risco cardiovascular, etc).
À medida que os rins perdem suas funções, líquidos e resíduos metabólicos vão se acumulando no organismo. Anormalidades bioquímicas do sangue, desnutrição, pressão alta (hipertensão), e anemia podem ocorrer como efeito direto da falha progressiva dos rins. Quando estes problemas alcançam um momento crítico ou quando 90% ou mais da função renal é perdida, as terapias renais substitutivas passam a ser necessárias.
Desde que as primeiras alterações renais possam ter sido reconhecidas, este processo costuma demorar vários meses ou anos, embora a insuficiência renal crônica possa ser reconhecida às vezes em pessoas que nunca souberam anteriormente que tinham doença renal.

Existem basicamente três modalidades de terapias renais substitutivas:

  • Hemodiálise
  • Diálise peritoneal
  • Transplante renal
Cada uma delas pode ser feita de formas diferentes, de acordo com fatores como a condição clínica do paciente, o estilo de vida, a experiência local e a disponibilidade de recursos. Em nosso site, podem ser encontradas informações úteis para entender o que representa cada uma dessas modalidades.
Qual é a melhor Terapia Renal Substitutiva para cada um?
Escolher um método de TRS mais apropriado é uma decisão complexa, e é melhor realizada em conjunto pelo paciente e seu médico, e frequentemente com a família ou cuidadores mais próximos, após a consideração cuidadosa de alguns fatores importantes.
A hemodiálise envolve, por exemplo, rápidas alterações no equilíbrio de líquidos do organismo e pode ser menos tolerada por alguns pacientes. Alguns indivíduos podem não ser candidatos adequados para o transplante renal, enquanto outros podem não ter as condições residenciais ou as habilidades necessárias à realização da diálise peritoneal. A condição médica global do paciente, suas preferências pessoais, e a situação de seu domicílio estão entre os vários fatores que devem ser considerados. É importante lembrar que muitos pacientes precisam trocar de modalidade de TRS se as suas preferências ou condições médicas mudam ao longo do tempo.
O transplante renal é o melhor tratamento para a maioria dos pacientes que podem ser submetidos ao mesmo após uma avaliação cuidadosa. Pacientes que não são candidatos a transplantar ou que devem aguardar por um rim na lista de espera devem inicialmente ser tratados com hemodiálise ou diálise peritoneal.
Quando se deve iniciar tratamento renal substitutivo?
À medida que a doença renal progride, a decisão para iniciar TRS / diálise é tomada pelo paciente e seu médico após considerar uma variedade de fatores, incluindo a função renal do paciente (medida em testes de sangue ou urina), saúde global, qualidade de vida, estado nutricional, e preferências pessoais.
Como regra geral, a diálise deve ser iniciada a partir do ponto em que podem ocorrer complicações com risco para a vida do indivíduo. O mais recomendável é que o paciente inicie TRS ao atingir a doença renal avançada, mas quando ele ainda sente-se bem, não está desnutrido, não tem complicações metabólicas da insuficiência renal, e não tem sobrecarga severa de sal e líquidos.
Certos sinais clínicos indicam que a diálise deve ser iniciada imediatamente. Se os exames de laboratório para medir a função renal mostram insuficiência renal severa, aumento grave dos níveis de potássio, ou se o paciente apresenta confusão mental ou sangramento relacionado à doença renal, a diálise deve ser empregada imediatamente, sob risco de morte a curto prazo.
Planejamento antecipado
Pacientes com doença renal devem discutir a possível necessidade de TRS precocemente em seu tratamento. O planejamento antecipado ajuda a reduzir complicações e permite ao paciente preparar-se para estes tratamentos. Existem evidências fortes de que isto diminui os riscos de internação, de incapacidade e de morte na fase em que é necessário dar início a estes tratamentos.
Se a escolha for hemodiálise, o planejamento antecipado permite a realização de cirurgia para a construção de uma fístula artério-venosa (FAV), que normalmente requer pelo menos 2 a 4 meses para se desenvolver antes que possa ser usada. Se a escolha for diálise peritoneal, permite a realização do treinamento do paciente e seu cuidador, além do implante do cateter (que usualmente não necessita tanta antecedência, mas requer um mínimo de 2 semanas). Se existe a oportunidade do transplante renal como alternativa já inicial, a investigação do paciente e de seu doador deve ser feita já na fase de tratamento clínico (não-dialítico) da doença renal, de tal forma que o transplante renal possa ser feito quando necessário o início da TRS. E o planejamento antecipado permite basicamente que os indivíduos envolvidos possam ir se adaptando ao modo como a diálise será incluída em suas vidas, tornando-os preparados para quando este tratamento iniciar.

Links:
National Kidney Foundation (NKF) – informações sobre diálise (em inglês).

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Apnéia do sono pode acelerar progressão da doença renal crônica


(13/6, Cowen) relata: "Os pacientes com doença renal crônica (DRC) são comumente expostos a hipóxia noturna que pode aumentar a taxa de declínio da função renal", segundo um estudo publicado na edição de junho da revista Chest . O estudo com 254 pacientes revelou que "hipóxia noturna ocorre como um resultado da apneia do sono não reconhecida, que foi detectada em mais de 40% dos pacientes com DRC." "A prevalência de hipóxia noturna foi semelhante entre os pacientes com DRC e IRC (47% e 48%, respectivamente), e foi significativamente maior do que entre aqueles com TFGe ≥ 60 mL / min por 1,73 m2 (16%)."

Retirado de Kidney Daily, da American Society of Nephrology, de 13/06/2012.



Fonte:sgn.org.br

sábado, 4 de agosto de 2012

Anemia na Doença Renal




Anemia é uma situação em que temos menor quantidade de células vermelhas no sangue, o que acarreta um transporte insuficiente de oxigênio dos pulmões para os nossos órgãos. Isso faz com que todo o organismo fique sem produzir energia suficiente para suas funções, manifestando-se então por cansaço, dificuldade de concentração, perda do apetite, palidez e taquicardia. Em níveis pouco significativos, pode não ser percebida pela pessoa, a menos que ela tente fazer um esforço maior do que seu habitual. Quando ocorre de forma moderada ou mesmo severa, fica fácil perceber aqueles sintomas e sinais.
Sabe-se do diagnóstico de anemia pelo resultado da hemoglobina, do hematócrito ou do hemograma. Pessoas saudáveis, sem doenças crônicas, costumam ter hemoglobina em torno de 14g/dL e valores abaixo disto podem significar anemia. Quando há perda progressiva da função renal, a anemia pode ocorrer lentamente, e a pessoa acostuma-se com isso. Desta forma, não há sintomas importantes a menos que a pessoa tenha valores abaixo de 11g/dL. Nestas circunstâncias, pode ser necessário tratamento para este tipo de anemia.
Rins saudáveis produzem um hormônio chamado eritropoietina. Quando o organismo percebe que constantemente lhe falta oxigênio (como após sangramentos, ou em doenças pulmonares ou cardíacas), os rins são estimulados a produzir mais eritropoietina e liberá-la na circulação. Na medula óssea, a eritropoietina estimula a formação de mais sangue, que permite a melhora do transporte de oxigênio para todo o organismo. Ressalte-se que mesmo em condições de boa saúde os rins precisam produzir um pouco de eritropoietina todos os dias, já que uma pequena porção de nossas células vermelhas envelhece e precisa ser substituída. Entretanto, se os rins estão doentes, eles podem não produzir eritropoietina suficiente para regular a formação de novas células vermelhas do sangue.
Dentre as várias causas de anemia, o tipo mais comum de anemia relacionado à doença renal crônica é decorrente exatamente da deficiência na produção renal de eritropoietina. O indivíduo com doença renal por ser reconhecido pela primeira vez através da anemia, ou desenvolver anemia durante o acompanhamento de uma doença renal já diagnosticada previamente. De qualquer maneira, seu tratamento pode ser feito incluindo a aplicação da eritropoietina sintética (recombinante humana), para que sua anemia não se agrave. Saliente-se, entretanto, que este tipo de tratamento é feito levando em consideração características do indivíduo como a disponibilidade de ferro no organismo, outras causas de anemia (como as digestivas, as hemolíticas, e as carenciais), o grau de controle de hipertensão arterial (pois o medicamento pode elevar a pressão arterial) e o histórico de trombopatia (tendência a tromboses e a embolias). Outras causas de anemia relacionadas às doenças renais devem ser levadas em consideração em situações específicas, como aquelas que apresentam hemólise ou sangramento no trato urinário.
É importante que os pacientes com doença renal crônica tenham ferro suficiente em seu organismo para que exista a produção de ferro. Esta observação deve ser levada em consideração pois alguns pacientes têm perdas anormais de sangue (pelas fezes, por procedimentos de hemodiálise, etc.), ingestão insuficiente de alimentos ricos em ferro e até mesmo a utilização ineficiente do ferro acumulado no organismo. Os médicos nefrologistas irão auxiliar no reconhecimento destes aspectos diferentes do tratamento da anemia, e obter os melhores resultados para cada caso.
Muitos pacientes com doença renal crônica precisam ingerir quantidades controladas de proteínas, mas isso pode significar consumo insuficiente de ferro pois uma das principais fontes de ferro na alimentação são as carnes. Além disso, à medida em que os rins adoecem, existem interferência com a absorção do ferro a partir do intestino e seu posterior aproveitamento no interior do organismo. Isso de qualquer maneira justifica a importância de existir o atendimento de um profissional nutricionista durante todas as fases da evolução da doença renal crônica, orientando uma dieta suficientemente restrita em proteínas e fósforo sem prejuízo do acesso do paciente a fontes adequadas de ferro, vitamina B12 e ácido fólico.
Dependendo da causa da anemia do paciente (baixa produção de eritropoietina, nível insuficiente de ferro, ou ambos), otratamento poderá incluir medicações ou suplementos. O médico poderá prescrever o uso de eritropoietina sintética para complementar a quantidade de eritropoietina produzida naturalmente pelo seu organismo. Pode também indicar que se utilizem suplementos de ferro e vitaminas, sem os quais a eritropoietina prescrita pode não funcionar perfeitamente.
A anemia precisa receber atenção específica do seu médico nefrologista, ao longo do seu acompanhamento, em especial pelo fato de que modificações do seu plano terapêutico podem ser necessárias. O correto é que o paciente discuta suas preocupações e dificuldades com seu médico e seu profissional nutricionista antes de utilizar complexos vitamínicos não prescritos, ou provocar alterações em seu plano alimentar.


Fonte: sgn.org.br

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Completando 9 anos

Agradecemos a todos os amigos que enviaram mensagens pelo nosso aniversário de 9 anos no dia 01 de Agosto.


Esperamos seguir contando com vocês para mais uma ano de sucesso na prevenção da doença renal na  nossa comunidade!