O que é CCPD?
A Diálise Peritoneal Cíclica Contínua ou CCPD é outra forma
de diálise, na qual também se usa o peritôneo como membrana dialisante. A
diferença está em que na CCPD se usa uma máquina para efetuar as trocas de
dialisato automaticamente.
Normalmente, esse procedimento dura uma hora e meia e pode
ser feito a noite, enquanto o paciente dorme.
O que é fístula?
A fístula é um acesso vascular por onde deverá ser realizada
a hemodiálise. Esse acesso é formado na ligação entre uma artéria e uma veia do
antebraço, feita através de uma pequena cirurgia. A alteração do fluxo faz com
que a veia se torne mais larga e resistente, permitindo um fluxo de sangue mais
rápido. Esta ligação permitirá a colocação de duas agulhas, uma por onde o
sangue sairá para o dialisador e outra pela qual o sangue filtrado será
devolvido para a pessoa.
Quais os cuidados que devem ser tomados com a fístula?
O braço da fístula deve ser lavado com água e sabonete e
conservado sempre bem limpo. Esses cuidados evitarão uma infecção que poderia
inutilizar a fístula. Qualquer sinal de inchaço ou vermelhidão deve ser
comunicado imediatamente ao médico ou a enfermeira. Fazer exercícios com a mão
e o braço onde está localizada a fístula, faz com que os músculos do braço
ajudem no fortalecimento da fístula. Deve-se evitar carregar pesos ou dormir
sobre o braço onde está a fístula, pois a pressão sobre ela pode interromper o
fluxo de sangue.
O que é cateter?
O cateter é um tubo de plástico estreito que é inserido em
uma veia larga do pescoço, e pelo qual será feita a retirada e a devolução do
sangue durante a hemodiálise.
Geralmente este tipo de acesso é temporário, mas, algumas
vezes, é usado para um tratamento mais longo.
Quando se deve começar o tratamento dialítico?
Recomenda-se iniciar a diálise assim que a função renal
estiver deteriorada (restando entre 15-25% de função) e quando a melhora já não
é possível através de tratamentos habituais. Este grau de insuficiência renal
crônica se manifesta habitualmente com os sinais e sintomas descritos acima e
com manifestações mais graves, como derrame pericárdico e evidência de
desnutrição grave.
É importante que se inicie o tratamento dialítico em boas
condições clínicas, ou seja, antes destas manifestações descritas estarem
presentes. Para isto, o nefrologista deve fazer um rigoroso acompanhamento
clínico, bem como a avaliação laboratorial freqüente (principalmente dos
valores séricos de uréia e de creatinina).
Fonte: Dr. M.C. Riella
Médico Nefrologista - CRM 2370 PR
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