sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O inimigo não mora ao lado


Quem sofre de hipertensão precisa estar atento, mesmo que não sinta absolutamente nada, e
mudar o estilo de vida é tão importante quanto tomar medicamentos, que hoje estão disponíveis na
rede pública gratuitamente.
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, vem crescendo em número de casos,
sendo o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV),
com destaque para o acidente vascular encefálico (derrame) e para o infarto agudo do miocárdio, que
são as duas maiores causas isoladas de mortes no país. Estima-se que, atualmente, um em cada três
brasileiros adultos tenha a doença, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e 24 anos, e
mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais. Nem mesmo as crianças escapam e
aproximadamente 5% deveriam estar sendo diagnosticadas e tratadas.
Não é à toa que no dia 7 de abril, quando se comemorou o Dia Mundial da Saúde, a pressão alta
foi escolhida como tema pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de promover um
debate público sobre esta questão importante no Brasil e no mundo, conscientizando a população.
Também, todo dia 26 de abril comemora-se o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. Esta
iniciativa foi instituída pela Lei nº 10.439, de 30 de abril de 2002, com o objetivo de chamar a atenção
da sociedade sobre a prevenção e controle desta doença traiçoeira.
A hipertensão tem por característica ser uma doença silenciosa, um inimigo que não mora ao lado,
mas sim dentro do indivíduo, isso porque raramente dá sintomas e quando isso ocorre, muitas vezes é
tarde demais para os chamados órgãos alvo: coração, cérebro, rins, vasos arteriais e retina, que são os
que sofrem as consequências diretas do aumento duradouro da pressão. Considera-se pressão ótima
os valores de 120/80 mmHg (12 por 8) e chamamos de hipertensos aquelas pessoas em que os níveis
da pressão estão acima de 140/90 mmHg (14 por 9). Estes números, aplicados na prática, representam
a força na parede das artérias gerada pelo bombeamento do sangue, que é feito pelo coração. O
número maior (12) indica a pressão provocada quando o coração se contrai (sístole) para distribuir o
sangue e o menor (8), quando ele relaxa (diástole).
A genética tem alto peso sobre o aparecimento da hipertensão. Assim, se seu pai e sua mãe têm,
sua chance é grande (por volta de 50%). Se apenas um deles tem, a chance diminui para 30%. Mas,
nem só os pais são responsáveis pela doença. Maus hábitos alimentares, consumo abusivo de
alimentos industrializados, sedentarismo, presença de sobrepeso e obesidade, consumo de bebidas alcoólicas em excesso, uso frequente de descongestionantes nasais, anti-inflamatórios e
anticoncepcionais, além de abuso do sal intensificam sobremaneira os riscos. Pessoas com problemas
nos rins, na tiroide, diabetes, entre outras, têm mais tendência a desenvolver o problema. E lembre-se,
a doença é crônica, quase sempre não tem cura, mas tem controle e só complica em quem não se
trata corretamente. Seu médico saberá individualizar a meta de pressão a ser atingida em seu caso.
Cobre dele e de você mesmo!
Quem sofre deste mal precisa estar atento, mesmo que não sinta absolutamente nada, e mudar o
estilo de vida é tão importante quanto tomar medicamentos, que hoje estão disponíveis na rede pública
gratuitamente.
Alguns conselhos fazem parte das 10 dicas da Sociedade Brasileira de Hipertensão -SBH, da
Campanha Menos Pressão:
1. Caminhe no parque! E não será por falta deles que os sorocabanos irão deixar de caminhar.
Utilize as inúmeras ciclovias de nossa cidade. Qualquer atividade física regular está valendo!
2. Dê risadas. Afinal, já dizia Vinicius de Moraes: "É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a
melhor coisa que existe, é assim como luz no coração", rins, cérebro, vasos e retina...
3. Dá para se livrar daquelas gordurinhas que você já adiou algumas vezes. Não é fácil, mas é
possível.
4. Deixe o estresse de lado e ame mais!
5. Aqueles seus planos de largar o cigarro, como estão? Não deixe para amanhã o que pode fazer
agora.
6. Durma bem e alongue-se antes de sair da cama. Roncos podem ser sinais de alerta,
principalmente em obesos.
7. Troque a sobremesa por uma fruta. Alimente-se de forma saudável. Se for para comer
chocolate, que seja pouco e com alto teor de cacau.
8. Optar por comidas leves e frescas melhora sua disposição.
9. Diminua o sal. Incha e retém líquidos! Não ensine ao seu filho colocar o saleiro à mesa. Deixe-o
sentir o sabor dos alimentos.
10. Deixe a cervejinha só para os finais de semana e beba sempre com moderação. Prefira uma
taça de vinho tinto, mas só uma por dia. Você irá se acostumar e seu sistema cardiorrenal agradecerá!
Finalmente, não deixe a pressão alta te enganar. Conhecer é o primeiro passo para combater este
inimigo controlável. Visite seu médico regularmente e faça os exames de rotina. Cuide-se, afinal não dá
para perder o jogo com armas tão simples e poderosas à nossa disposição.
Profa. Dra. Cibele Isaac Saad Rodrigues - Titular de Nefrologia - da Faculdade de Ciências Médicas
e da Saúde (FCMS) da PUC-SP. Diretora do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de
Nefrologia e Membro do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Hipertensão

Sintomas
Na maioria dos indivíduos a hipertensão arterial não causa sintomas, apesar da coincidência do surgimento de determinados sintomas que muitos, de maneira equivocada, consideram associados à doença, como por exemplo, dores de cabeça, sangramento pelo nariz, tontura, rubor facial e cansaço.

Quando um indivíduo apresenta uma hipertensão arterial grave ou prolongada e não tratada, apresenta dores de cabeça, vômito, dispnéia ou falta de ar, agitação e visão borrada decorrência de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Nova droga para tratamento do diabetes tipo 2 é aprovada pela ANVISA



Os Laboratórios Farmacêuticos, Bristol-Myers Squibb e a AstraZeneca anunciaram recentemente a aprovação pela ANVISA do medicamento FORXIGA (dapagliflozina) para o tratamento de diabetes tipo 2. Este é o primeiro produto lançado no Brasil, de uma nova classe, que funciona de forma diferente das drogas disponíveis para o tratamento do diabetes tipo 2 até o momento. A Dapaglifozina promove a eliminação de glicose pelos rins, mecanismo de ação diferente dos medicamentos atuais que se baseiam em estimular a secreção de insulina ou melhorar sua ação.
Sabe-se hoje que vários mecanismos são responsáveis pela ocorrencia do diabetes tipo 2, sendo um deles o aumento da reabsorção de glicose pelo rim, poupando glicose para o organismo, contribuindo para elevar o seu nível no sangue. A aprovação do FORXIGA representa um avanço no tratamento do diabetes tipo 2, por permitir uma nova abordagem. Ao inibir a reabsorção de glicose pelo rim esta glicose é eliminada com a urina ocorrendo uma redução de seus níveis no sangue.
A expectativa é que o medicamento esteja disponível no mercado brasileiro em breve, após a aprovação do preço pelos órgãos competentes.

A Bristo-Myers Squibb e a AstraZenea tem acordo de cooperação em escala Global, o que tem permitido às empresas, pesquisar, desenvolver e comercializar medicamentos inovadores para o tratamento do diabetes.

domingo, 7 de julho de 2013

Prevalência das doenças renais

A prevalência de doenças renais está aumentando dramaticamente em todo o mundo, e o custo inerente ao manejo de doenças crônicas ameaça o sistema de saúde em todos os países.

O crescimento do diabetes em todo o mundo

Há atualmente mais de 240 milhões de diabéticos em todo o mundo. Em 2025, serão mais de 380 milhões, principalmente em função do crescimento e do envelhecimento populacionais, da urbanização, dos hábitos inadequados de alimentação, do aumento da obesidade e do estilo de vida. Em 2025, o número de diabéticos mais do que dobrará no sudeste da Ásia, no leste mediterrâneo, no Oriente Médio e na África.

Um crescimento de aproximadamente 20% deverá ocorrer na Europa, 50% na América do Norte, 85% na América Latina, e 75% no Oeste do Pacífico. Os 5 países com maior prevalência de diabetes serão a Índia, China, os Estados Unidos, Rússia e Japão. Em todo o mundo, mais de 50% dos diabéticos não sabem desta sua condição e não são tratados. Além disso, aproximadamente 40% dos indivíduos com diabetes irão desenvolver Doença Renal Crônica, que acentua o risco associado de eventos cardiovasculares e outras complicações do diabetes.
Os mesmos fatores que determinam a obesidade favorecem o surgimento do diabetes e da doença renal crônica, como a história familiar, a presença de hipertensão, e alguns comportamentos como o sedentarismo e maus hábitos alimentares. É importante identificar estes riscos precocemente para reduzir o desenvolvimento do diabetes e da DRC, uma vez que a doença renal aumenta em muito os riscos de eventos cardiovasculares nos diabéticos.

Prevalência crescente de hipertensão em todo o mundo

A Hipertensão é um problema global bastante comum e acredita-se que ele se tornará mais a mais frequente. É a maior causa de doença renal crônica no mundo. A população tem vivido mais, e o envelhecimento é o fator de risco mais comum para o desenvolvimento tanto de hipertensão e diabetes quanto da doença renal crônica. Aproximadamente um bilhão de pessoas são hipertensas e este número deverá chegar a 1,56 bilhão em 2025. Espera-se que a prevalência de hipertensão aumente em 24% nos países desenvolvidos e em 80% nos países em desenvolvimento como os da África e América Latina. Relatou-se recentemente que 333 milhões de adultos em regiões economicamente desenvolvidas (como a América do Norte e Europa) tinham hipertensão em 2000, havendo um adicional de 639 milhões nos países em desenvolvimento com esta condição*.

Resultado: prevalência mundial crescente de doença renal

A frequência de doença renal crônica continua a aumentar em todo o mundo assim como a prevalência de insuficiência renal crônica terminal. As causas mais comuns são a hipertensão e o diabetes, mas não são as únicas. A presença de doença renal crônica é associada com um aumento acentuado do risco cardiovascular. Mais do que isso, o risco cardiovascular aumenta na proporção em que a taxa de filtração glomerular cai abaixo de 60ml/min. Por fim, resta destacar que a morte por causas cardiovasculares é 8 vezes maior na doença renal crônica, muito maior do que a morte por câncer. Consequentemente, a identificação e redução da doença renal crônica tem se tornado uma prioridade de saúde pública.
A prevalência reconhecida de doença renal crônica nos estágios de 1 a 4 no mais recente censo Americano (NHANES - national health and nutrition examination survey) entre 1999 e 2006 foi de 26 milhões (13%) da população residente nos Estados Unidos com 20 anos ou mais, que contabiliza cerca de 200 millhões de pessoas. Destes acometidos, 65.3% têm doença renal crônica estágio 3 ou 4.
O relatório mais recente do United States Renal Data System (USRDS) estima que cerca de meio milhão de pacientes nos Estados Unidos foram tratados para IRC em 2004, e que para 2010 haverá um aumento de aproximadamente 40% neste número. Os idosos são o grupo etário que mais cresce, e apresenta um maior risco para doença renal. Além disso, homens e afro-americanos com hipertensão ou diabetes pré-existente estão também sob risco muito maior de IRC. Este quadro tem sido reconhecido em outros lugares do mundo, tanto desenvolvidos como a Europa, Ásia e Austrália, como em regiões de menor desenvolvimento como a China, Índia e a África*.
*George L. Bakris and Eberhard Ritz, Hypertension and Kidney Disease, A Marriage that Should Be Prevented, Kidney International 75, 449-452 (13 February 2009).

Fonte: sgn.org.br 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

O ‘ATAQUE RENAL’ é tão Grave quanto um Ataque Cardíaco.



A cada ano, duas em cada 10.000 pessoas sofrem deste mal, exatamente a mesma proporção e com os mesmo perigos daquelas que sofrem um ataque cardíaco. Os ataques renais são particularmente comuns em pacientes internados, com doenças graves e, quando ocorrem, amplificam significativamente o risco de morte. Quando ocorrem em pacientes internados nas UTIs, a chance de morrer é maior do que 50%. Calcula-se que três milhões de pessoas deverão falecer com este problema em 2013.

Não é que a doença seja nova. Há mais de 1800 anos, o médico e filósofo Galeno já apontava os perigos que decorriam da “supressão da urina”. Ao longo dos anos, esta doença teve mais de 20 nomes. Alguns dos
principais são necrose tubular aguda, insuficiência renal aguda e, mais recentemente, injúria renal aguda. Este último nome reforça a ideia de que não é preciso haver uma lesão grave ou a parada de funcionamento (insuficiência) dos rins para que seja feito diagnóstico. De fato, em doentes graves, alterações modestas do
funcionamento dos rins, detectadas pelo exame diário da creatinina no sangue ou pela diminuição do volume de urina, mesmo que por apenas algumas horas, já aumentam significativamente o risco de morte.

Diante de um problema tão grave, é surpreendente que quase ninguém tenha plena consciência da importância destes ataques renais, não só entre o público leigo mas também entre os profissionais de saúde. Uma das razões é reconhecimento muito recente da injúria renal aguda como doença, que ainda não parece nas estatísticas oficiais.

Todo ano, no mês de Março a comunidade mundial dos profissionais que lidam com as doenças dos rins celebra o “Dia Mundial do Rim”. A intenção é aumentar a percepção da importância dos rins para a nossa saúde e, dessa forma, diminuir o sofrimento pessoal e a frequência das doenças renais em todo o mundo.

Este ano o Dia Mundial do Rim, que será celebrando em 14 de Março, tem o ATAQUE RENAL como tema principal. A ideia é disseminar a mensagem de que esta é uma doença comum e perigosa e que estes pacientes podem adoecer de forma muito rápida. Dessa forma, médicos, pacientes, familiares e grande público poderão perceber a urgência e a necessidade de tratamento, da mesma forma com que se reage a
um ataque cardíaco.

A necessidade de prevenir, reconhecer e tratar os ATAQUES RENAIS de forma rápida e adequada é uma importante intervenção de saúde para o indivíduo e para a sociedade e pode ajudar a aumentar os investimentos para pesquisa e para o tratamento deste grave problema.
Material produzido pelo Departamento de Insuficiência Renal Aguda da SBN.
Fonte: www.sbn.org.br





domingo, 19 de maio de 2013

Suor excessivo aumenta risco de pedra nos rins? Tire 10 dúvidas


Especialistas explicam por que é mais comum ter pedra nos rins durante o verão e respondem as principais perguntas sobre o problema


Foto:abramep.com.br


O principal sintoma do cálculo renal é a cólica renal, uma dor aguda nas costas


Quem já teve cálculo renal, popularmente conhecido como pedras nos rins, dificilmente consegue esquecer o principal sintoma: uma dor aguda nas costas, que não melhora com nenhuma posição, e é mais incômoda do que o parto. Como se não bastasse, ela ainda pode vir acompanhada de náuseas, vômitos e sangramento na urina.
De acordo com Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, entre 5% e 10% da população brasileira já teve ou vai ter cálculo renal uma vez na vida. Sendo que, desses, 50% presenta um histórico familiar do problema. Para evitá-lo, o conselho médico é antigo e bem simples: beber, no mínimo, dois litros de água por dia.
"O tamanho do cálculo não é a realidade pelo tamanho da dor. Em alguns casos, mesmo os pequenos mal posicionados podem doer muito. Para prevenir, o melhor é beber muita água. Não é suco, não é líquido, é água pura", aconselha Hercilio Alexandre da Luz Filho, presidente da Fundação Pró-Rim.


Com a ajuda de especialistas, tire as principais dúvidas sobre pedras nos rins. 
Qual a quantidade necessária de urina que devemos eliminar diariamente? É verdade que o cálculo renal é mais frequente no verão? Depois de tratado, o paciente pode voltar a ter o problema? Confira resposta para essas e outras perguntas a seguir.


O que é pedra nos rins?
Também chamada de cálculo renal, a pedra nos rins surge com acúmulo de cristais na urina, que pode ser o ácido úrico, cálcio, cistina e, na maioria dos casos, oxalato. Essas substâncias se aglomeram e se depositam nos rins ou nos canais urinários, formando algumas “pedras”, que podem gerar complicações para serem eliminadas.

Quais as causas do cálculo renal?
A principal causa para formação de pedras nos rins é a baixa ingestão de líquido, mas há outros fatores que podem agravar o problema. “Fatores metabólicos e falta ou excesso de algumas substâncias podem causar desequilíbrio na urina, o que contribui para a formação de cálculos. Como, por exemplo, quando a pessoa perde muito cálcio na urina ou tem a urina pobre em citrato. O ideal é manter tudo em equilíbrio”, explica Daniel. De acordo com ele, dependendo do tipo de cálculo, também é importante evitar uma dieta rica em sal e carne vermelha e não consumir excesso de vitamina C.

É mais comum em homens ou mulheres?
O cálculo renal pode se formar em homens ou mulheres, principalmente na fase adulta, mas segundo Hercilio, existe uma tendência maior do problema em pessoas do sexo masculino. “A diferença é de 60% dos casos em homens e 40% em mulheres”, explica ele. Vale lembrar que, ainda que em menor escala, o cálculo renal também pode atingir crianças.

Qual a quantidade de urina necessária que devemos eliminar diariamente?
Uma boa forma de prevenir o problema, é ficar atento à quantidade de urina liberada diariamente. "O volume urinário deve ser grande. O indicado é eliminar 30 ml de urina por quilo de peso corporal. Ou seja, se uma pessoa tem 65 kg, deve liberar, em média, 1.900 ml de urina diariamente", explica o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Outro aspecto importante é a coloração do xixi, que nunca deve apresentar um aspecto escuro.

Quais são os sintomas?
Quem já teve cálculo renal diz que é pior que a dor de parto. E, segundo os especialistas, esse é de fato o sintoma mais comum entre os pacientes. “O principal sintoma é dor, principalmente quando o cálculo se localiza entre o rim e a bexiga, o que causa a cólica renal. Quanto maior o cálculo, maior a dificuldade de vencer essa barreira. Mas às vezes cálculos pequenos também provocam muita dor se tiverem mal posicionados”, conta o presidente da Fundação Pró-Rim.

A dor forte que começa na região das costas pode vir acompanha de náuseas, vômitos, sangue na urina e infecções urinárias. Ainda assim, em alguns casos, há pacientes que, mesmo com pedra nos rins, conseguem liminar o cálculo espontaneamente, sem dor.


Foto:vivendosaudavel.com

O melhor jeito de prevenir é ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia.

É verdade que os casos de pedras nos rins são mais frequentes no verão?
Sim. Segundo um levantamento do Centro de Referência da Saúde do Homem, em São Paulo, os casos de emergência por pedras nos rins aumentam 30% na estação mais quente do ano. “No verão, quando a pessoa sua muito, ela libera líquido por outras vias que não a urinária. É a época do ano em que mais precisamos repor água. Quando isso não acontece, aumenta o risco de formação de cálculo”, detalha Hercilio.

Como é feito o tratamento?
Se sentir cólica renal, o ideal é ir para o hospital, onde os médicos aplicam soro e medicamentos para aliviar a dor. Em 90% dos casos, as pedras são liberadas de forma espontânea. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, isso acontece quando o cálculo tem até 6mm, mas o tempo para eliminar varia de um paciente para o outro. Em casos mais graves - quando há dor e infecção urinária, mas o cálculo não sai de forma natural - é necessário retirá-lo cirurgicamente.

O paciente pode voltar a ter cálculo renal?
Sim. É muito comum que pacientes tenham pedra nos rins mais de uma vez na vida. “Por isso, assim que o cálculo for eliminado, é importante que ele faça uma avaliação metabólica para saber por que tá tendo cálculo”, aconselha Daniel. Isso diminui as chances de o problema reaparecer.

A pedra nos rins pode gerar outras complicações?
Sim. O cálculo renal pode gerar lesão nos rins, hipertensão e infecção urinária. “O grande problema são as infecções associadas. Cada episódio de infecção tem chance de deixar uma sequela no rim, como se fosse uma ferida. E com repetição das infecções, o paciente pode ter perda da função renal”, alerta o presidente da Fundação Pró-Rim.

Como evitar?
O primeiro passo é ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia. “À noite é mais comum formar o cálculo porque as pessoas seguram mais a urina e aumenta o acúmulo de cristais. Então é fundamental beber água também neste período”, indica Daniel.De acordo com o especialista, também é importante evitar o excesso de vitamina C e apostar em uma dieta rica em fibras e frutas, principalmente as cítricas, como laranja e limão. Se já tiver apresentado o problema uma vez na vida, o melhor é procurar um médico e avaliar as funções metabólicas para ver se é necessário ou não abrir mão de algum medicamento.









quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sorteio do Dia das Mães do dia 11/05/13

Foto da ganhadora do sorteio do dia das mães realizado pela loteria federal. N° 973.

Isabelle

Parabéns!!!

domingo, 5 de maio de 2013

Caminhada do Dia Mundial do Rim 2013




A Renal Clínica e a ONG Tchê Rim, realizaram a 2ª Caminhada alusiva ao Dia Mundial do Rim no dia 16 de março de 2013. Esse ano estamos de luto, isso se dá em virtude do total descaso do poder público em relação às clínicas e aos pacientes em hemodiálise.

Principais pontos:
1. O fim imediato das mortes dos pacientes por falta de vagas em diálise; 
2. Uma política nacional de prevenção da doença renal crônica;
3. Acesso dos pacientes ao transplante renal em todas as regiões do Brasil;
4. Transporte digno dos pacientes, que necessitem ir às clínicas de diálise;
5. Política clara de aposentadoria dos pacientes em diálise e transplantados.
6. Participação em todas as câmaras técnicas do Ministério da Saúde, dos Estados e dos Municípios, de um representante dos usuários. 

A caminhada teve início às 17h, em frente ao hospital, seguindo pela Sete de Setembro, João Brasil, Marechal Floriano, Voluntários da Pátria com encerramento em frente a Prefeitura Municipal, onde desde às 15h tivemos uma tenda para verificação de pressão arterial, distribuição de material informativo e esclarecimentos gerais a população.

Agradecemos a participação de todos!!!!!!












































Mensagem do Sr Hélio Vida Cassi sobre o Dia Mundial do Rim 2013


Dia Mundial do Rim 


No próximo dia 14 de março/2013 será comemorado o Dia Mundial do Rim. 
Nós, os Centros Associados não temos na verdade, o que comemorar. Temos sim o que lamentar, em razão do momento difícil pelo qual estamos passando, pois a viabilidade financeira de nossas clínicas está seriamente ameaçada.
Há promessas do Governo sinalizando melhorias nos nossos serviços e na nossa remuneração em alguns meses. É esperar pra ver!
As decepções no passado foram tantas que, queiramos ou não, nossa credulidade com relação a isso é tão baixa quanto o reembolso que recebemos do nosso maior parceiro, o SUS. 
Mas continuaremos nossas cobranças, exigindo do Ministério da Saúde o reconhecimento adequado pelo valioso serviço que prestamos a toda nossa população.
Nesse sentido, estamos conclamando a todos os nossos associados e demais centros de diálise do país para que mostrem seu repúdio à atual situação. A idéia é que médicos, enfermeiros, pacientes e demais colaboradores coloquem uma tarja preta na lapela ou ao redor do braço no Dia Mundial do Rim, tentando chamar a atenção da mídia para o problema e assim divulgando nosso trabalho e nosso descontentamento.
Enviem mensagens virtuais para políticos e autoridades da sua cidade. Convoquem os meios de comunicação locais para falar da nossa insatisfação; enfim, denunciem a todos a situação calamitosa da nefrologia do Brasil, que ainda assim é uma das melhores do mundo!
Estaremos de luto nesse dia. Luto e tristeza pela morte anunciada da diálise no país se nada for feito com relação às promessas efetuadas pelo Governo no prazo estipulado.
Na frente da minha Clínica em Curitiba, haverá uma bandeira negra hasteada no Dia Mundial do Rim.


Um abraço a todos,
Hélio Vida Cassi 
Presidente da ABCDT